Na aula de História do Mundo Contemporâneo, ingratamente aplicada às 7h das frias madrugadas de outono, um dos assuntos explanados pelo professor foi o regime ditatorial fascista e suas aplicações nos países europeus.

De volta ao fascismo, um dos pontos do texto que me despertou para uma reflexão sentimentalóide besta foi A anulação do eu. As vontades particulares e a liberdade individual teriam potencial para destruir a coesão coletiva e o sentido de comunidade, predominantes e necessários no regime fascista. Portanto, o homem deveria abandonar a noção de consciência individual em relação à supremacia da comunidade ao qual ele está intensamente integrado.
Automaticamente, fiz uma associação com relacionamentos amorosos: existe todo um discurso chavão de que amar nada mais é do que a entrega total para o outro, é a confiança em seu estado

Num drama digno de uma ópera de Wagner, um coração arritmado abandona crenças, motivações, valores e vontades. Não é escolha, nem imposição. Simplesmente está lá, permanece lá. É algo exterior, uma "consciência coletiva", diluída aos poucos nas novelas, nas revistas e nas propagandas. Mas, cuidado! No fascismo romântico, final feliz é para poucos.