Dia desses, lá estou eu defendendo novamente a teoria sobre a inexistência de um altruísmo "real". Resumidamente, sempre achei que ações aparentemente bondosas escondem motivações egoístas. Mas não é tão amargo quanto parece, olha só:
Exemplo: Ônibus lotado e você lá sentado, quando percebe que uma velhinha que acabou de entrar ficou em pé. Muito polidamente você oferece seu lugar a ela, que aceita, claro.
Isso foi uma ação altruísta?
Você pode até achar que sim, mas não foi! Claro que não foi! Você ficou em pé para que a velhinha sentasse e mostrou pra todo mundo no ônibus que você é melhor que eles; você é mais educado, mais gentil... Você é foda! Você se sentiu bem ajudando aquela senhora. A sua "boa ação" te enobreceu e agora você se sente uma pessoa melhor! Você só ajuda alguém porque isso provoca uma sensação agradável em você, levanta a sua auto-estima, te faz bem... Quanto altruísmo, hein?
Durante a semana, lendo o best-seller (cof!) "Quando Nietzsche Chorou" percebi que eu discutia o grande Friedrich sem querer:
"Disseque suas motivações mais profundamente! Achará que jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio. - As palavras de Nietzsche assomaram mais rapidamente e ele prosseguiu célere. - Parece surpreso com ese comentário? Talvez esteja pensando naqueles que ama. Cave mais profundamente e descobrirá que não ama a eles: ama isso sim as sensações agradáveis que tal amor produz em você! Ama o desejo, não o desejado."
(YALOM, Irvin D. - "Quanto Nietzsche Chorou". Rio de Janeiro. Ediouro. p. 151)
Não digo que as pessoas sejam mesquinhas a ponto de pensarem primeiro nos seus ganhos individuais para avaliarem antecipadamente se vale à pena ajudar alguém ou não. Ninguém é tão calculista assim... Mas que as conseqüências das ações altruístas existem e nos motivam, isso sem dúvida. Talvez, o profeta Gentileza tivesse razão: "Gentileza gera gentileza."
Mas e aí, quais são as suas motivações ajudando alguém?
Exemplo: Ônibus lotado e você lá sentado, quando percebe que uma velhinha que acabou de entrar ficou em pé. Muito polidamente você oferece seu lugar a ela, que aceita, claro.
Isso foi uma ação altruísta?
Você pode até achar que sim, mas não foi! Claro que não foi! Você ficou em pé para que a velhinha sentasse e mostrou pra todo mundo no ônibus que você é melhor que eles; você é mais educado, mais gentil... Você é foda! Você se sentiu bem ajudando aquela senhora. A sua "boa ação" te enobreceu e agora você se sente uma pessoa melhor! Você só ajuda alguém porque isso provoca uma sensação agradável em você, levanta a sua auto-estima, te faz bem... Quanto altruísmo, hein?
Durante a semana, lendo o best-seller (cof!) "Quando Nietzsche Chorou" percebi que eu discutia o grande Friedrich sem querer:
"Disseque suas motivações mais profundamente! Achará que jamais alguém fez algo totalmente para os outros. Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio. - As palavras de Nietzsche assomaram mais rapidamente e ele prosseguiu célere. - Parece surpreso com ese comentário? Talvez esteja pensando naqueles que ama. Cave mais profundamente e descobrirá que não ama a eles: ama isso sim as sensações agradáveis que tal amor produz em você! Ama o desejo, não o desejado."
(YALOM, Irvin D. - "Quanto Nietzsche Chorou". Rio de Janeiro. Ediouro. p. 151)
Não digo que as pessoas sejam mesquinhas a ponto de pensarem primeiro nos seus ganhos individuais para avaliarem antecipadamente se vale à pena ajudar alguém ou não. Ninguém é tão calculista assim... Mas que as conseqüências das ações altruístas existem e nos motivam, isso sem dúvida. Talvez, o profeta Gentileza tivesse razão: "Gentileza gera gentileza."
Mas e aí, quais são as suas motivações ajudando alguém?